(Chapter on Indifference or something like that) |
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António Rito Silva (ars)
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(Luares) |
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(lunar scene) |
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... a acuidade dolorosa das minhas sensações |
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... e desnivela-se em conglomerados de sombra |
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... e do alto da majestade de todos os sonhos |
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... e um profundo e tediento desdém |
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... este livro suave |
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A ESTALAGEM DA RAZÃO |
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A leitura dos jornais |
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A liberdade é a possibilidade do isolamento |
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A maioria da gente enferma |
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A maioria dos homens |
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A tragédia principal da minha vida |
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A vida pode ser sentida como uma náusea |
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A vulgaridade é um lar |
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A única atitude digna de um homem superior |
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ABSURDO |
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Acontece-me às vezes, e sempre que acontece |
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Alastra ante meus olhos saudosos |
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Aquela malícia incerta e quase imponderável |
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Aquilo que, creio, produz em mim |
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As coisas modernas são |
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Assim organizar a nossa vida |
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Atingir, no estado místico |
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CENOTÁFIO |
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CONSELHOS ÀS MALCASADAS | Minhas queridas discípulas |
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Cada vez que viajo, viajo imenso |
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Cansamo-nos de tudo, excepto de compreender |
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Cheguei hoje, de repente |
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Colaborar, ligar-se, agir |
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Conheço, translata, a sensação de ter comido |
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Considerar a nossa maior angústia |
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Criei para mim, fausto de um opróbrio |
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DECLARAÇÃO DE DIFERENÇA |
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DIA DE CHUVA |
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DIÁRIO AO ACASO |
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De repente, como se um destino |
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De suave e aérea a hora era uma ara onde orar |
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Depois que o fim dos astros esbranqueceu |
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Desde que, conforme posso |
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Desejaria construir um código de inércia |
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Disse Amiel que uma paisagem é um estado da alma |
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Dizem que o tédio é uma doença de inertes |
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Do Prefácio às FICÇÕES DO INTERLÚDIO | Umas figuras insiro em contos |
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Duas vezes, naquela minha adolescência |
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E assim sou, fútil e sensível |
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ESTÉTICA DA INDIFERENÇA |
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ESTÉTICA DO DESALENTO [Publicar-se — socialização de si próprio] |
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Em mim foi sempre menor a intensidade |
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FRAGMENTOS DE UMA AUTOBIOGRAFIA | Do estudo da metafísica |
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FRAGMENTOS DE UMA AUTOBIOGRAFIA | Primeiro entretiveram-me |
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Falar é ter demasiada consideração pelos outros |
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Foi sempre com desgosto que li |
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Há momentos em que tudo cansa |
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Há sensações que são sonos |
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Há um cansaço da inteligência abstracta |
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Há um sono da atenção voluntária |
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Há uma erudição do conhecimento |
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INTERVALO DOLOROSO [Se me perguntardes] |
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Invejo a todas as pessoas o não serem eu |
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Irrita-me a felicidade de todos estes homens |
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LAGOA DA POSSE | A posse é para meu pensar uma lagoa absurda |
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MANEIRA DE BEM SONHAR | Adia tudo |
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MARCHA FÚNEBRE [Figuras heriáticas, de hierarquias ignotas] |
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MARCHA FÚNEBRE [Que faz cada um] |
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Mais que uma vez, ao passear lentamente |
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Mas a exclusão, que me impus |
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Meus sonhos: Como me crio |
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Muitos têm definido o homem |
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MÁXIMAS |
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NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO | E se acaso falo com alguém |
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Na minha alma ignóbil e profunda registo |
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Nada me pesa tanto no desgosto |
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Nasci em um tempo |
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Nenhuma ideia brilhante consegue entrar |
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Ninguém ainda definiu |
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Não se subordinar a nada |
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Não sei que vaga carícia |
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O AMANTE VISUAL | Anteros |
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O RIO DA POSSE |
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O campo é onde não estamos |
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O céu negro ao fundo do sul do Tejo |
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O dinheiro, as crianças, os doidos |
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O governo do mundo começa em nós mesmos |
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O homem não deve poder ver a sua própria cara |
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O instinto infante da humanidade |
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O lema que hoje mais requeiro para definição |
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O pensamento pode ter elevação |
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O próprio sonho me castiga |
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O que tenho sobretudo é cansaço |
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O único viajante com verdadeira alma |
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Os classificadores de coisas |
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Os sentimentos que mais doem |
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Paira-me à superfície do cansaço |
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Passaram meses sobre o último que escrevi |
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Penso às vezes, com um deleite triste |
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Penso, muitas vezes, em como eu seria |
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Perder tempo comporta uma estética |
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Pertenço a uma geração que herdou a descrença |
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Podemos morrer se apenas amámos |
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Por fácil que seja, todo o gesto representa |
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Quando durmo muitos sonhos |
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Quando outra virtude não haja em mim |
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Que de Infernos e Purgatórios |
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Se alguma coisa há que esta vida tem |
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Se considero com atenção a vida |
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Sempre me tem preocupado |
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Sossego enfim |
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Suponho que seja o que chamam um
decadente |
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Súbdito incoerente de todas as sensações |
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Tenho a náusea física da humanidade vulgar |
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Teorias metafísicas que possam dar-nos |
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Todo o dia, em toda a sua desolação |
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Todos os dias acontecem no mundo coisas |
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Todos os movimentos da sensibilidade |
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Três dias seguidos de calor sem calma |
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Tudo quanto não é a minha alma é para mim |
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António Rito Silva (ars)
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Tudo quanto é acção, seja a guerra ou o raciocínio |
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Tudo é absurdo |
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António Rito Silva (ars)
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Tão dado como sou ao tédio |
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UM DIA |
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António Rito Silva (ars)
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UMA CARTA | Há um vago número |
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António Rito Silva (ars)
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Um azul esbranquiçado de verde nocturno |
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Um hálito de música ou de sonho |
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Um outro tedio, mais morno |
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Uma das minhas preocupações constantes |
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Uma vista breve de campo |
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Vi e ouvi ontem um grande homem |
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Viajar? Para viajar basta existir |
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À parte aqueles sonhos vulgares |
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É uma oleografia sem remédio |
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